“N.º 15 - O Urso é um mensageiro de felicidade [e prosperidade], ou, pelo contrário, adverte para nos mantermos afastados de [determinadas] pessoas; principalmente, daquelas que nos nutrem inveja”
PHILIPPE,
Herdeiro de Mlle. LeNormand.
(Sobre)viver, crescer, prosperar, nutrir, abastecer, minguar, carecer, micromizar, subtrair, obsedar, agredir...assim é o nosso “amigo” Urso. Pessoalmente, admiro este cartão pelo binómio cresc...ente/minguante, com que ele se consegue materializar no layout, sempre determinado pela circunvizinhança e pela “meteorologia” lenormândica (a saber, a hospedagem das Nuvens in praesentia e/ou in absentia do territorium de uma carta). O Urso, nas proximidades do cartão da Pessoa, promete abundância, oferece oportunidades e segurança e permite um modus vivendi à la “vacas gordas”, no qual constelações de “schwarzenegger`s” auxiliares e influentes se fazem presentes na no dia-a-dia do indivíduo. O próprio Urso é um Schwarzenegger e aparece nas leituras como figuras de autoritarismo e responsabilidade, figuras matriarcais, par excellence, como a nossa mãe, a nossa avó, a nossa tia, a nossa madrasta, a nossa orientadora, a nossa manager, ... O/a seu/sua “big boss” leia na conjução Urso-Torre/Torre-Urso, cartas sinonímias de autoridade major. As mesmas podem traduzir os nossos pais ou os nossos avós, agentes socializadores determinantes no nosso “life-span”. Nas minhas leituras, convencionalizo o urso como a mãe e a Torre como o pai. Verifico, igualmente, a conjunção Urso-Cruz, como autoridade e/ou líder religioso, a existência de uma figura matriarcal ou paternal, como orientador/coordenador no domínio referido (um/a babalorixá ou iyalorixá, um xamã, um sacerdote, um buddah,...). O Urso é extremamente produtivo, acompanhado de cartas positivas e em contexto positivo. Este cartão vai alimentar a oportunidade do Trevo, a satisfação do Bouquet, a incandescência das Estrelas, a actividade do Sol, a meritocracia da Lua, a afirmação da Chave, a produtividade dos Peixes e a felicidade do Coração. As facilidades/potencialidades supracitadas, oferecidas pelo Urso, manifestam-se em contexto de “not clouded”, próximidade e circunvizinhança positiva e agradável.
O Urso, afastado do cartão do consulente, “clouded” e “contaminado” por cartões desfavoráveis, é uma carta manifesta e excessivamente agressiva, um verdadeiro bully extreminador e implacável. Césares, Neros, Calígulas, Napoleões, Stalines, Mussolinis, Hitlers, Husseins, Salazares, Buches, Bolsonaros, Felicianos, Macedos, Valdemiros, Malafaias são identificados neste contexto, principalmente, quando a carta justaposta ao Urso é a n.º10 ou n.º11, a Foice e o Chicote, respectivamente. Atente, quando a Raposa aparece hospedada nas proximidades do Urso e, proteja-se, se o mesmo acontecer em contexto “clouded”. Nesta situação estratagema, inteligência, desonestidade, mentira, agressividade, bullying e psicopatia centrifugam-se numa mistura explosiva e verdadeiramente devastadora para o/a consulente.
Relembro ainda as palavras do amigo Alexsander Lepletier, “prefiro um Urso-Cão a um Cão-Urso” (não recordo, ipsis verbis, as palavras, e qualquer incongruência nas mesmas é da minha inteira responsabilidade). É preferivel um amigo agressivo, mas “domesticado” e protector, a um “domesticado”, transformado num indivíduo selvagem e incontrolável.
Considerado o cartão mais nefasto na leitura pelo baralho Cigano, no petit-Lenormand a polaridade da carta é neutra e a proximidade/afastamento, o cloud/not clouded e a circunvizinhança são imperativos na interpretação do mesmo.
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